segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Problemas a vista!!!



Por Karina Oliani 

Se você ama os esportes outdoor e está sempre em meio à natureza, provavelmente já sabe (ou deveria saber) usar seu kit básico de primeiros-socorros. Mesmo assim,  aproveito esta colunca para dar três dicas preciosas de outras maneiras não tão convencionais de usar seu kit, além de alguns itens básicos para levar na mochila.

> Água
O Sol é o antisséptico mais natural que existe e um potente purificador de água. Continuo achando que carregar um Hidrosteril (iodo) ou algo do tipo continua sendo a maneira mais segura para purificar água. Porém, no caso de ficar no mato mais tempo do que você planejava, aqui vai uma dica útil: da mesma maneira como hoje podemos comprar purificadores de água que são simples emissores de luz UV, o sol pode ser seu maior aliado para evitar bactérias, desde que você tenha na mão uma garrafa tipo patch, daquelas transparentes. 

Encha essa garrafa com a melhor água que você encontrar, agite-a e deixe-a exposta preferencialmente à luz do meio-dia. No final da tarde, provavelmente você terá destruído a maior parte dos germes. 
Se você estiver nas montanhas, dê preferência à neve limpa que ao gelo de lagos congelados, já que as bactérias podem resistir por meses no gelo.

> Fogo 
Use álcool e algodão ou vaselina para fazer fogo em caso de emergência.

Se você estiver perdido nas montanhas ou na selva, certamente parar para limpar alguns arranhões não será sua prioridade. Mesmo assim seu kit médico pode salvar sua vida. Use o álcool que você leva como antisséptico e o algodão para fazer fogo! Outra maneira interessante de fazer fogo é usar o algodão e embebê-lo em vaselina! Aqui vai minha dica mais importante: você pode usar seu silvertape para fazer fogo. Sim, essas fitas adesivas são inflamáveis e, por isso, podem ser uma maneira simples e prática para secomeçar uma fogueira. Cá entre nós, essa fita e um boa e antiga linha de pesca servem para quase tudo, não é? Por isso, nunca deixe esses itens faltarem no seu kit.

> Sem comunicação?

Hummm, mesmo não sabendo explicar a técnica exata porque sou uma negação no mundo tecnológico, sei que dá para dar sinal de vida mesmo se seu celular não estiver pegando.

Para que um celular tenha serviço ele precisa usar algum satélite. Mesmo sem nenhuma “barrinha” de sinal no seu aparelho, você pode conseguir dar pistas valiosas para uma equipe de busca e resgate caso esteja perdido em uma área remota. Mesmo não conseguindo fazer nem ligações de emergência, ligue seu aparelho. Existe algo que eu aprendi durante minha especialidade de wilderness medicine (medicina de aventura) nos EUA chamado “digital breadcrumbs”. Nunca ouvi ninguém falando sobre isso por aqui, mas posso garantir que todo celular tem como ser rastreado por esse sistema. Clique aqui para saber mais sobre o tema (texto em inglês).

Karina Oliani é atleta EMANA e The North Face e apresentadora de programas de esportes extremos. Atualmente é a única médica da América Latina a ter o título de especialista em Wilderness Medicine pela WMS (Wilderness Medical Society). É presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Se oriente, rapaz


Antes de fechar as malas, escolha o guia de viagem que mais combina com seu estilo

LONELY PLANET
(R$ 55, em média, na; fnac.com.br)

Ideal para: Mochileiros de todas as idades
Como surgiu: Criado há mais de três décadas por um casal de britânicos ripongos que decidiu atravessar a Europa e a Ásia com a cara e a coragem, o Lonely Planet tornou-se a bíblia dos mochileiros apaixonados por viagens exóticas. Por mochileiros, entenda-se desde jovens sem muita grana a sofisticados viajantes que amam conhecer novos lugares de um jeito simples, porém inteligente.

Pontos fortes: Uma vasta equipe de escritores e jornalistas experientes roda o planeta experimentando de cabanas de sapé à beira mar a hotéis de luxo em cidades chiquérrimas. Outra ótima caracterísca é a atualidade de seus textos e as dicas culturais e comportamentais que, sem apelar para estereótipos, são fundamentais para se entender melhor o contexto sócio-econômico de um país. Sobre o Rio de Janeiro, por exemplo, o Lonely Planet observa que “os biquínis podem ser diminutos, mas os preços cobrados na cidade não o são” e recomenda (aos que não querem gastar muito) hospedagens em bairros charmosos, mas menos badalados, como o Catete e a Glória. 

Ótimo para quem: Comprou passagem para a Índia, tema do guia mais vendido da coleção, pela abrangência de informações e perspicácia na análise da complexa sociedade daquele país.

FROMMER’S
(A partir de R$90 na livrariacultura.com.br; frommers.com)

Ideal para: Viajantes tradicionais que curtem conforto, mas não abrem mão de informação sólida.

Como surgiu: Conhecer o mundo com poucos dólares foi a premissa que fez do sobrenome do norte-americano Arthur Frommer um dos mais conhecidos entre os turistas. Surgidos em 1957, seus livros viraram uma empresa que hoje reúne 300 títulos.


Pontos fortes: De tom sóbrio e repleto de boas opções para famílias e turistas maduros, os guias Frommer’s são atualizados a cada dois anos, no mínimo. Um novo guia sobre o Brasil (US$ 14,29 na Amazon.com), por exemplo, foi lançado em abril e traz mapas e roteiros para conhecer o país em uma ou duas semanas. Da Academia da Cachaça ao vale dos Dinossauros, uma centena de verbetes resume o que há de mais interessante em solo verde e amarelo. Há também guias organizados por tipo de atividade (como acampamentos ou road trips), além da série For Dummies, livros de bolso “para leigos”, com mapas fáceis e informações curtas sobre passeios e as melhores opções de custo x benefício para hospedagem e alimentação.

Ótimo para quem: Tem acima de 30 anos e deseja conhecer, sem gastar rios de dinheiro, os Estados Unidos de carro, já que o criador dos guias Frommer’s é de lá e lançou ótimas edições sobre seu país natal.

FODOR’S
(De US$ 10 a US$ 24,99; fodors.com)

Ideal para: Aficionados por países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como os mais ricos da Europa.

Como surgiu: Foi idealizado nos anos 30 por Eugene Fodor, um imigrante húngaro residente nos EUA que amava viajar, mas considerava os guias de sua época para lá de chatos.

Pontos fortes: A coleção Fodor’s prioriza informações sobre as melhores opções em alimentação, hospedagem e lazer para um público seletivo. Focado em destinos europeus e norte-americanos (apesar de contar com dicas sobre mais de 300 lugares em todo o mundo), traz como outra marca a ênfase no universo gastronômico. Um trunfo da publicação são seus mais de 700 colaboradores que moram nos lugares sobre os quais escrevem. Além das publicações organizadas geograficamente, os Fodor’s também existem sob a forma de guias baseados não em lugares, mas em tipos de viagem. É o caso das publicações sobre cruzeiros, destinos em paraísos “de clima quente” (Bermudas, Maui, Cancún) ou viagens de safári na África. A empresa promove ainda o Fodor’s Choice, prêmio que elege anualmente os melhores estabelecimentos turísticos do mundo.

Ótimo para quem: Tem grana sobrando para gastar em passeios trés chic e em restaurantes estrelados em lugares como a Riviera Francesa.

MICHELIN

(A partir de R$ 40, na fnac.com.br; michelintravel.com) 
Ideal para: Turistas gourmets ávidos por descobrir prazeres da mesa, especialmente na Europa.

Como surgiu: Fundador de uma empresa de pneus, o francês André Jules Michelin lançou seu primeiro guia em 1900, como forma de incentivar o turismo com carros e, claro, dar uma mãozinha para sua fábrica.

Pontos fortes: Mundialmente conhecida por dar as estrelas mais ansiadas por chefs de todo o planeta, a publicação francesa se divide hoje basicamente em duas modalidades: os guias vermelhos, com avaliações de hotéis e restaurantes dos EUA, da Europa e do Japão (e que trazem o famoso ranking gastronômicos), e os guias propriamente turísticos, de cor verde, que abarcam Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul (como Rio – em português! — e Colômbia). O sistema de estrelas se estende por todas as publicações, que não deixam de destacar, claro, os passeios rodoviários. A Michelin publica ainda os guias da série “Must See” (Não deixe de ver), com itinerários de fim de semana, e “Like a Local” (Como um nativo), sobre como aproveitar um destino turístico como se houvesse nascido ali.

Ótimo para quem: Planeja um dia fazer um tour pelos castelos do vale do Loire ou uma viagem inesquecível, de preferência de carro, pela Espanha ou costa da Europa oriental.


TIME OUT(De US$ 4,50 a US$ 11; timeout.com/travel)

Ideal para: Moderninhos que adoram badalar durante viagens descoladas.

Como surgiu: O espírito da swinging London embalou o nascimento da revista Time Out em 1968 e também aparece nos mais de cem guias de viagem da publicação, editados a partir dos anos 90. 

Pontos fortes: Irreverência e contundência são algumas das marcas dos autores, que moram nos lugares sobre os quais escrevem. Um “gol” é a versão online, em português, do roteiro cultural de São Paulo e do Rio de Janeiro (timeout.com.br/sao-paulo e /rio), que também traz dicas sobre outros destinos do mundo e todas as opções de entretenimento, incluindo sugestões para o público GLS ou para quem busca “estilo”. O guia/site cativa pela atualização imbatível e pelo ar descontraído, criativo e nada pretensioso. As edições turísticas em formato “shortlist”, com sugestões práticas de restaurantes, compras, entretenimento e passeios, acompanhadas de mapas onde estão localizadas, vão na mesma linha.

Ótimo para quem: Vive planejando conhecer o “mundo todo”, mas sempre acaba dando escapadelas para Londres, Barcelona e Amsterdã.

DK EYEWITNESS
(De US$ 7 a US$ 30; traveldk.com/)

Ideal para: Quem gosta de muitas fotos e mapas de viagem.

Como surgiu: Lançados em 1993, os guias fazem parte do grupo editorial inglês Dorling Kindersley (DK), fundado em Londres em 1974 e que publica títulos que vão de arte a gastronomia.

Ponto forte: O slogan já dá uma boa pista sobre onde reside seu diferencial com relação à maioria das outras publicações voltadas para turistas: “Os guias que te mostram o que os outros só te contam”. Fotos e ilustrações em abundância são o maior trunfo dos roteiros da DK. Seus guias contam com um tratamento gráfico moderno, em que se sobressaem mapas e materiais 3D. A editora também publica a série “Top 10”, que traz listas das dez melhores atrações em diferentes aspectos e de acordo com cada destino (no guia sobre a Islândia, por exemplo, lançado há apenas dois meses, existe uma lista dos dez melhores vulcões, gêiseres e cachoeiras). Há versões traduzidas dos guias em português, lançadas pelo Publifolha.

Ótimo para quem: Está de viagem marcada para destinos bem conhecidos do grande público, já que os DK não são fortes em roteiros mais exóticos.



(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de agosto de 2012)

Sites bacanas para fazer uma vigem ótima e segura


Sair pelo mundo com uma mochila nas costas é um projeto que seduz muitos viajantes. Mas esse tipo de viagem pede uma boa programação, para evitar perrengues desnecessários.
Além de conversar com amigos e outras pessoas que já realizaram uma aventura por aí para conseguir dicas e sugestões, sites especializados podem ajudar bastante a organizar uma viagem como essa.
Um dos sites mais brasileiros mais conhecidos é o Mochileiros.com. O legal desse endereço é o grande movimento de internautas na seção Fórum, na qual é possível encontrar o depoimento de centenas de pessoas, com dicas de hotéis, alimentação e preços. Outra página interessante é o Vou de Mochila, que conta com ferramentas para reserva de albergues e aluguel de carro.
Em espanhol, o Viajeros.com tem um formato parecido com o do TripAdvisor: a cada destino, hotéis, albergues, restaurantes, atrativos turísticos e transportes são resenhados pelos participantes, que deixam suas dicas e relatos de viagem. Ainda nesse estilo, o fórum do site Lonely Planet, batizado de Thorn Tree, pode ajudar. Outro site que ajuda, e muito, no planejamento de qualquer trip é o Viaje na Viagem, do jornalista Ricardo Freire.
Há vários países diferentes e é preciso pesquisar para encontrar o melhor para a viagem escolhida. Outra dica importante é não deixar de levar na mochila o guia de viagem que mais combina com seu estilo. Na reportagem “Se oriente, rapaz”, publicada recentemente na revista Go Outside, você conhece algumas opções. Quem não for abandonar os eletrônicos pode aproveitar para utilizar bons aplicativos, como o Hipmunk, para fazer buscas rápidas de hotéis e voos (acesse nossa reportagem “Nerd Sarado” e conheça outras dicas valiosas do mundo virtual).

Fonte: jornal Folha de S. Paulo e revista Go Outside

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Roteiro de Viagem

Roteiro de Viagem - CLIQUE AQUI

Roma
Nápoli
Erculano - Vulcão
Pompéia
Capri
Siena
Perúgia
Florença
Verona
Milão
Veneza
Paris

De volta ao meu aconchego!!!





Cheguei ontem e ainda não aterrissei por aqui. Além do fuso horário (seis horas de diferença), ainda me falta digerir algumas coisas. Ao todo foram 20 dias de viagem, 12 cidades entre Itália e França, alguns ‘gelatos’, muitos ‘macarrones’, taças e mais taças de vinhos, frutas de todas as cores e formatos, e muitas, muitas conversas com estranhos que no instante seguinte, voltaram a ser estranhos. E daí, não é mesmo?

Quando se viaja sozinho tudo fica diferente, cada coisa precisa ser guardada em nosso próprio cofre interno, não há com quem dividir, nem as piadas, nem as situações ‘embaraçosas’ que...  não são poucas!  Outra coisa interessante é o fato de não ter a quem culpar, a não ser você mesmo. Isso é muito, muito chato. Você errou o caminho, se perdeu, chegou atrasado no trem, esqueceu de comprar o passe, culpa de quem? Você mesmo!!! Droga...

Bem, mas tem as partes boas, há coisas que ninguém no mundoooooo ficará sabendo, a não ser que você conte ^^. Ficou curioso neh? Pois é!!! Viajar sozinho tem dessas coisas, e é claro que em algum momento, nem que seja por algumas horas, você vai se sentir sozinho. Essas são as piores! Você chega no hotel, olha para o lado e não vê ninguém, só estranhos, falando as mais diversas línguas, quando tudo que você queria ouvir era um sotaque amigável, uma palavra em português. Há, como é bom ouvir o nosso belo português, e como é belo!!! Madonna mia....

Enfim... Pretendo me dedicar arduamente a escrever alguns trechos dessa divertida e louca história!!!

Até breve!!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Partir...




Hoje, com meus 26 anos, há 8 morando sozinha, tive a sensação de ter voltado no tempo. Naquele ônibus que deixava a pequena cidade de São Gabriel, RS, em direção ao Mundo. Mundo sim! Meus sonhos sempre foram grandes demais para caber em uma casa ou em uma cidade. Lembrei do frio na barriga, do esperado momento de partir... lembro que naquele dia e por meses antes eu insistia que não haveria problemas na  ‘interiorana’ aqui, viver a mil km da casa dos país. Eu queria ser forte, eu dizia que era forte eu demonstrava força. Só que quando o motor roncou e o ônibus deixou a estação, chorei como uma menina. Menina que era, ou que sou! Ao longo do tempo foram muitas as partidas. De casas, de amizades, de trabalhos, de ensaios... sempre tive a sensação de estar de partida na vida, de que minha função não era ficar em lugar algum ou na vida de ninguém. Que eu faria minha parte e partiria em busca de novos sonhos, desafios, montanhas ou mares a serem descobertos... No fundo só queria conhecer o infinito que se escondia bem perto, dentro de mim...E hoje, depois de me encontrar finalmente, já não ouço tão alto a ânsia de partir para fora...mesmo assim, essa palavra me soa doce e como gosto de saborea-la. Amanhã parto novamente e pareço mais uma criança a se lambuzar do pirulito mais colorido da terra. Aquele que ninguém provou... é meu, o pirulito, o doce, o sonho, é todo meu... ninguém poderá saber como bate meu coração, como meu sangue circula, qual a ansiedade das duas últimas semanas, das noites que não dormi, da cara de boba ao arrumar a mochila, da vontade que desse tudo certo. Mas afinal, o que é dar certo ou errado se na vida o que se tem são apenas experiências... pouco me importa se verei todos os templos, se comerei todas as saborosas comidas ou se conseguirei pegar o trem... só de colocar o pé na estrada, só de enfrentar meu medo, meu comodismo, minhas angústias, apenas o ato de partir já me transformou, já me fez crescer, já me ensinou... eu entendo que crescer é uma experiência interna, mas entendo também que muitos tijolos de nossa acrópole interior foram levantados sob duras experiências externas. Estou colocando mais um tijolo hoje, um tijolo conquistado, imaginado, suado, como tudo que de fato vale a pena nessa vida... Parto e meu coração está em chamas, volto e ele continuará a arder, porque indiferente onde se esteja, ainda existirá caminho...não é preciso ir longe para encontrar o desconhecido, todos os dias descubro uma nova pessoa aqui e partir para conhecer a si mesmo, não deixa de ser partir... 

"Eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem, que não passa por aqui, que não passa de ilusão"...



domingo, 2 de setembro de 2012

Blog de viagens

Estava pesquisando sobre o roteiro da minha próxima aventura que começa na sexta-feira (07/09).... Achei esse blog que é uma delícia...

vele uma visita!!!

http://turomaquia.com/