| E esse era o quarto na manhã do dia seguinte :O |
Você já ouviu falar da Lei de Murphy não é mesmo? Pois bem, na madrugada do dia 19 de dezembro de 2010 ela incidiu pra valer sobre a Eleonora e eu. Pegamos o avião em Cuiabá e 1 hora da manhã estávamos chegando em Santa Cruz de La Sierra. Até então, essa seria a parte fácil da viagem. Bastava pegar um taxi e ir até o kitnet de um amigo que morava ao lado de uma universidade de medicina (detalhe, ele estava no Brasil).
Entramos no país com nossas mochilas nas costas e pegamos um taxi, foi só dizer o nome da universidade e pronto. Ao chegar lá, a primeira besteira... misturei os dólares e soles e acabei dando 20 dólares, em vez de 20 soles ao motorista que eu nunca vi tão feliz. Só percebi o engano quando ele já tinha ido embora, foi quando entendi a simpatia toda.
Enfim, começamos a andar e perguntei a Lelê...
- Amiga cadê o mapa e o endereço?
- Uai eu não peguei, você não tinha copiado ele?
Ai vocês já perceberam o desastre. Sem telefone, com fome, em um lugar totalmente ermo, sem ter a menor noção do que fazer. Além de tudo, as meninas chegavam de madrugada e não teríamos como falar com elas. Pronto, lá fomos nos andar pela Bolívia. Voltas e voltas na quadra escura da universidade e pior. Uns 10 taxistas ‘mal encarados’ só olhando a gente.
Morrendoooo de medo, fomos parar dentro do ambulatório do hospital da universidade, que por sinal, dava mais medo ainda. Deixamos as mochilas e saímos tentar usar o orelhão, coisa que não deu certo, afinal ninguém sabia ligar para casa. Por fim, tivemos de recorrer a um dos taxistas que prontamente emprestou o celular (viu o que dá julgar as pessoas?)
Lelê ligou para a mãe dela para pedir a ela que ligasse ao irmão da Lelê – que estava em Porto Alegre – e pedisse o endereço da kit, já que ele já tinha ficado lá. (entendeu alguma coisa?). Em meio a confusão, chega um senhor bêbado de taxi dizendo: olá chicas e o taxista todo arreganhado. E não é que ele era o dono da Kitnet... Por fim, conseguimos chegar ao quarto. Mesmo mortas ficamos revezando a janela até as outras duas meninas chegarem. Elas chegaram 4h30 da manhã, sem nenhum problema, afinal tinham o mapa nas mãos.
E esse foi o começo de uma longaaaaa aventura....