segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mochilão Bolívia e Peru – Parte II - Roteiro


Visualizar Mochilão Bolívia e Peru em um mapa maior


Uma das partes fundamentais de um bom planejamento é definir o roteiro da viagem. Não é preciso saber todos os lugares, museus ou pontos históricos e naturais que se vai visitar, mas é preciso ter em mente um mapa das principais cidades. Aquelas onde se vai dormir pelo menos uma noite, ou que são pontos importantes de passagem.

Definir o roteiro não é muito fácil e depende do tempo que se tem disponível para viajar. Uma boa dica é não colocar lugares demais nesse mapa, já que você vai perder um certo tempo arrumando algum lugar para dormir, comer ou vendo os passeios, então, se tiver só um dia, por exemplo, em algum lugar, é provável que não se conheça muita coisa.

No nosso caso, eram 23 dias da saída de Cuiabá até o retorno. Assim definimos as cidades principais: Santa Cruz, Sucre, Potosi, Uyuni (Salar), Chile (Deserto do Atacama), La Paz, Copacabana, Puno (Titicaca) e Cuzco (Águas Calientes e Machu Picchu). Vocês devem ter notado que no trajeto final da foto, não está o Chile (explico o motivo trágico em breve).

Duas de nós foram de ônibus de Cuiabá a Cáceres (região da fronteira) e depois até Santa Cruz. Uma viagem bastante sofrida, diga-se de passagem. Uma amiga e eu, decidimos por ir de avião até Mato Grosso do Sul e depois até Santa Cruz, na época a passagem custou cerca de R$500. (Detalhe: a gente se perdeu... leiam)

Pois bem, não foi difícil seguir o roteiro original. Além disso, durante a viagem percebemos que essa foi a melhor escolha e é quase que o caminho que a maioria dos mochileiros faz, na mesma ordem ou na ordem inversa (Como no Peru tudo é mais caro, é importante não gastar demais na Bolívia para não chegar lá apertado). Apenas não havíamos definido por onde voltaríamos.

O retorno pelo Acre teve dois motivos distintos. Primeiro pelo fato de que a Bolívia estava em crise já que o combustível estava com o preço nas alturas. La Paz estava praticamente parada, ônibus, taxistas e até os postos de combustíveis em greve. As forças armadas também trabalhavam para conter os ânimos da multidão. Pelo perigo do momento e por também não fazer tanta diferença assim, optamos pelo Acre. Compramos as passagens de Rio Branco a Cuiabá pela internet (cerca de R$270).

Saímos de Cuzco de ônibus até Puerto Maldonado, tivemos de pegar aqueles moto-táxi adaptados para três pessoas (veja a foto), de lá subimos em uma balsa, da balsa pegamos um taxi até a fronteira (muito barato, acho que uns 25 soles). Já em solo brasileiro (motivo de comemorações mil) pegamos outro taxi (muito mais caro é lógico) até a rodoviária de Rio Branco.

Chegamos em Rio Branco a tempo de comer uma pizza e conhecer o centro da cidade. De lá para Cuiabá foram cerca de 35 horas de viagem. No cansaço que a gente estava, eu nem vi a hora passar, dormi quase todo o trajeto. Acho que foi uma boa escolha! 


Santa Cruz
Santa Cruz

Puerto Maldonado
Balsa

Entrada na balsa
O que ficou para trás

Chegando no Acre



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