segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Problemas a vista!!!



Por Karina Oliani 

Se você ama os esportes outdoor e está sempre em meio à natureza, provavelmente já sabe (ou deveria saber) usar seu kit básico de primeiros-socorros. Mesmo assim,  aproveito esta colunca para dar três dicas preciosas de outras maneiras não tão convencionais de usar seu kit, além de alguns itens básicos para levar na mochila.

> Água
O Sol é o antisséptico mais natural que existe e um potente purificador de água. Continuo achando que carregar um Hidrosteril (iodo) ou algo do tipo continua sendo a maneira mais segura para purificar água. Porém, no caso de ficar no mato mais tempo do que você planejava, aqui vai uma dica útil: da mesma maneira como hoje podemos comprar purificadores de água que são simples emissores de luz UV, o sol pode ser seu maior aliado para evitar bactérias, desde que você tenha na mão uma garrafa tipo patch, daquelas transparentes. 

Encha essa garrafa com a melhor água que você encontrar, agite-a e deixe-a exposta preferencialmente à luz do meio-dia. No final da tarde, provavelmente você terá destruído a maior parte dos germes. 
Se você estiver nas montanhas, dê preferência à neve limpa que ao gelo de lagos congelados, já que as bactérias podem resistir por meses no gelo.

> Fogo 
Use álcool e algodão ou vaselina para fazer fogo em caso de emergência.

Se você estiver perdido nas montanhas ou na selva, certamente parar para limpar alguns arranhões não será sua prioridade. Mesmo assim seu kit médico pode salvar sua vida. Use o álcool que você leva como antisséptico e o algodão para fazer fogo! Outra maneira interessante de fazer fogo é usar o algodão e embebê-lo em vaselina! Aqui vai minha dica mais importante: você pode usar seu silvertape para fazer fogo. Sim, essas fitas adesivas são inflamáveis e, por isso, podem ser uma maneira simples e prática para secomeçar uma fogueira. Cá entre nós, essa fita e um boa e antiga linha de pesca servem para quase tudo, não é? Por isso, nunca deixe esses itens faltarem no seu kit.

> Sem comunicação?

Hummm, mesmo não sabendo explicar a técnica exata porque sou uma negação no mundo tecnológico, sei que dá para dar sinal de vida mesmo se seu celular não estiver pegando.

Para que um celular tenha serviço ele precisa usar algum satélite. Mesmo sem nenhuma “barrinha” de sinal no seu aparelho, você pode conseguir dar pistas valiosas para uma equipe de busca e resgate caso esteja perdido em uma área remota. Mesmo não conseguindo fazer nem ligações de emergência, ligue seu aparelho. Existe algo que eu aprendi durante minha especialidade de wilderness medicine (medicina de aventura) nos EUA chamado “digital breadcrumbs”. Nunca ouvi ninguém falando sobre isso por aqui, mas posso garantir que todo celular tem como ser rastreado por esse sistema. Clique aqui para saber mais sobre o tema (texto em inglês).

Karina Oliani é atleta EMANA e The North Face e apresentadora de programas de esportes extremos. Atualmente é a única médica da América Latina a ter o título de especialista em Wilderness Medicine pela WMS (Wilderness Medical Society). É presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Se oriente, rapaz


Antes de fechar as malas, escolha o guia de viagem que mais combina com seu estilo

LONELY PLANET
(R$ 55, em média, na; fnac.com.br)

Ideal para: Mochileiros de todas as idades
Como surgiu: Criado há mais de três décadas por um casal de britânicos ripongos que decidiu atravessar a Europa e a Ásia com a cara e a coragem, o Lonely Planet tornou-se a bíblia dos mochileiros apaixonados por viagens exóticas. Por mochileiros, entenda-se desde jovens sem muita grana a sofisticados viajantes que amam conhecer novos lugares de um jeito simples, porém inteligente.

Pontos fortes: Uma vasta equipe de escritores e jornalistas experientes roda o planeta experimentando de cabanas de sapé à beira mar a hotéis de luxo em cidades chiquérrimas. Outra ótima caracterísca é a atualidade de seus textos e as dicas culturais e comportamentais que, sem apelar para estereótipos, são fundamentais para se entender melhor o contexto sócio-econômico de um país. Sobre o Rio de Janeiro, por exemplo, o Lonely Planet observa que “os biquínis podem ser diminutos, mas os preços cobrados na cidade não o são” e recomenda (aos que não querem gastar muito) hospedagens em bairros charmosos, mas menos badalados, como o Catete e a Glória. 

Ótimo para quem: Comprou passagem para a Índia, tema do guia mais vendido da coleção, pela abrangência de informações e perspicácia na análise da complexa sociedade daquele país.

FROMMER’S
(A partir de R$90 na livrariacultura.com.br; frommers.com)

Ideal para: Viajantes tradicionais que curtem conforto, mas não abrem mão de informação sólida.

Como surgiu: Conhecer o mundo com poucos dólares foi a premissa que fez do sobrenome do norte-americano Arthur Frommer um dos mais conhecidos entre os turistas. Surgidos em 1957, seus livros viraram uma empresa que hoje reúne 300 títulos.


Pontos fortes: De tom sóbrio e repleto de boas opções para famílias e turistas maduros, os guias Frommer’s são atualizados a cada dois anos, no mínimo. Um novo guia sobre o Brasil (US$ 14,29 na Amazon.com), por exemplo, foi lançado em abril e traz mapas e roteiros para conhecer o país em uma ou duas semanas. Da Academia da Cachaça ao vale dos Dinossauros, uma centena de verbetes resume o que há de mais interessante em solo verde e amarelo. Há também guias organizados por tipo de atividade (como acampamentos ou road trips), além da série For Dummies, livros de bolso “para leigos”, com mapas fáceis e informações curtas sobre passeios e as melhores opções de custo x benefício para hospedagem e alimentação.

Ótimo para quem: Tem acima de 30 anos e deseja conhecer, sem gastar rios de dinheiro, os Estados Unidos de carro, já que o criador dos guias Frommer’s é de lá e lançou ótimas edições sobre seu país natal.

FODOR’S
(De US$ 10 a US$ 24,99; fodors.com)

Ideal para: Aficionados por países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como os mais ricos da Europa.

Como surgiu: Foi idealizado nos anos 30 por Eugene Fodor, um imigrante húngaro residente nos EUA que amava viajar, mas considerava os guias de sua época para lá de chatos.

Pontos fortes: A coleção Fodor’s prioriza informações sobre as melhores opções em alimentação, hospedagem e lazer para um público seletivo. Focado em destinos europeus e norte-americanos (apesar de contar com dicas sobre mais de 300 lugares em todo o mundo), traz como outra marca a ênfase no universo gastronômico. Um trunfo da publicação são seus mais de 700 colaboradores que moram nos lugares sobre os quais escrevem. Além das publicações organizadas geograficamente, os Fodor’s também existem sob a forma de guias baseados não em lugares, mas em tipos de viagem. É o caso das publicações sobre cruzeiros, destinos em paraísos “de clima quente” (Bermudas, Maui, Cancún) ou viagens de safári na África. A empresa promove ainda o Fodor’s Choice, prêmio que elege anualmente os melhores estabelecimentos turísticos do mundo.

Ótimo para quem: Tem grana sobrando para gastar em passeios trés chic e em restaurantes estrelados em lugares como a Riviera Francesa.

MICHELIN

(A partir de R$ 40, na fnac.com.br; michelintravel.com) 
Ideal para: Turistas gourmets ávidos por descobrir prazeres da mesa, especialmente na Europa.

Como surgiu: Fundador de uma empresa de pneus, o francês André Jules Michelin lançou seu primeiro guia em 1900, como forma de incentivar o turismo com carros e, claro, dar uma mãozinha para sua fábrica.

Pontos fortes: Mundialmente conhecida por dar as estrelas mais ansiadas por chefs de todo o planeta, a publicação francesa se divide hoje basicamente em duas modalidades: os guias vermelhos, com avaliações de hotéis e restaurantes dos EUA, da Europa e do Japão (e que trazem o famoso ranking gastronômicos), e os guias propriamente turísticos, de cor verde, que abarcam Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul (como Rio – em português! — e Colômbia). O sistema de estrelas se estende por todas as publicações, que não deixam de destacar, claro, os passeios rodoviários. A Michelin publica ainda os guias da série “Must See” (Não deixe de ver), com itinerários de fim de semana, e “Like a Local” (Como um nativo), sobre como aproveitar um destino turístico como se houvesse nascido ali.

Ótimo para quem: Planeja um dia fazer um tour pelos castelos do vale do Loire ou uma viagem inesquecível, de preferência de carro, pela Espanha ou costa da Europa oriental.


TIME OUT(De US$ 4,50 a US$ 11; timeout.com/travel)

Ideal para: Moderninhos que adoram badalar durante viagens descoladas.

Como surgiu: O espírito da swinging London embalou o nascimento da revista Time Out em 1968 e também aparece nos mais de cem guias de viagem da publicação, editados a partir dos anos 90. 

Pontos fortes: Irreverência e contundência são algumas das marcas dos autores, que moram nos lugares sobre os quais escrevem. Um “gol” é a versão online, em português, do roteiro cultural de São Paulo e do Rio de Janeiro (timeout.com.br/sao-paulo e /rio), que também traz dicas sobre outros destinos do mundo e todas as opções de entretenimento, incluindo sugestões para o público GLS ou para quem busca “estilo”. O guia/site cativa pela atualização imbatível e pelo ar descontraído, criativo e nada pretensioso. As edições turísticas em formato “shortlist”, com sugestões práticas de restaurantes, compras, entretenimento e passeios, acompanhadas de mapas onde estão localizadas, vão na mesma linha.

Ótimo para quem: Vive planejando conhecer o “mundo todo”, mas sempre acaba dando escapadelas para Londres, Barcelona e Amsterdã.

DK EYEWITNESS
(De US$ 7 a US$ 30; traveldk.com/)

Ideal para: Quem gosta de muitas fotos e mapas de viagem.

Como surgiu: Lançados em 1993, os guias fazem parte do grupo editorial inglês Dorling Kindersley (DK), fundado em Londres em 1974 e que publica títulos que vão de arte a gastronomia.

Ponto forte: O slogan já dá uma boa pista sobre onde reside seu diferencial com relação à maioria das outras publicações voltadas para turistas: “Os guias que te mostram o que os outros só te contam”. Fotos e ilustrações em abundância são o maior trunfo dos roteiros da DK. Seus guias contam com um tratamento gráfico moderno, em que se sobressaem mapas e materiais 3D. A editora também publica a série “Top 10”, que traz listas das dez melhores atrações em diferentes aspectos e de acordo com cada destino (no guia sobre a Islândia, por exemplo, lançado há apenas dois meses, existe uma lista dos dez melhores vulcões, gêiseres e cachoeiras). Há versões traduzidas dos guias em português, lançadas pelo Publifolha.

Ótimo para quem: Está de viagem marcada para destinos bem conhecidos do grande público, já que os DK não são fortes em roteiros mais exóticos.



(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de agosto de 2012)

Sites bacanas para fazer uma vigem ótima e segura


Sair pelo mundo com uma mochila nas costas é um projeto que seduz muitos viajantes. Mas esse tipo de viagem pede uma boa programação, para evitar perrengues desnecessários.
Além de conversar com amigos e outras pessoas que já realizaram uma aventura por aí para conseguir dicas e sugestões, sites especializados podem ajudar bastante a organizar uma viagem como essa.
Um dos sites mais brasileiros mais conhecidos é o Mochileiros.com. O legal desse endereço é o grande movimento de internautas na seção Fórum, na qual é possível encontrar o depoimento de centenas de pessoas, com dicas de hotéis, alimentação e preços. Outra página interessante é o Vou de Mochila, que conta com ferramentas para reserva de albergues e aluguel de carro.
Em espanhol, o Viajeros.com tem um formato parecido com o do TripAdvisor: a cada destino, hotéis, albergues, restaurantes, atrativos turísticos e transportes são resenhados pelos participantes, que deixam suas dicas e relatos de viagem. Ainda nesse estilo, o fórum do site Lonely Planet, batizado de Thorn Tree, pode ajudar. Outro site que ajuda, e muito, no planejamento de qualquer trip é o Viaje na Viagem, do jornalista Ricardo Freire.
Há vários países diferentes e é preciso pesquisar para encontrar o melhor para a viagem escolhida. Outra dica importante é não deixar de levar na mochila o guia de viagem que mais combina com seu estilo. Na reportagem “Se oriente, rapaz”, publicada recentemente na revista Go Outside, você conhece algumas opções. Quem não for abandonar os eletrônicos pode aproveitar para utilizar bons aplicativos, como o Hipmunk, para fazer buscas rápidas de hotéis e voos (acesse nossa reportagem “Nerd Sarado” e conheça outras dicas valiosas do mundo virtual).

Fonte: jornal Folha de S. Paulo e revista Go Outside

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Roteiro de Viagem

Roteiro de Viagem - CLIQUE AQUI

Roma
Nápoli
Erculano - Vulcão
Pompéia
Capri
Siena
Perúgia
Florença
Verona
Milão
Veneza
Paris

De volta ao meu aconchego!!!





Cheguei ontem e ainda não aterrissei por aqui. Além do fuso horário (seis horas de diferença), ainda me falta digerir algumas coisas. Ao todo foram 20 dias de viagem, 12 cidades entre Itália e França, alguns ‘gelatos’, muitos ‘macarrones’, taças e mais taças de vinhos, frutas de todas as cores e formatos, e muitas, muitas conversas com estranhos que no instante seguinte, voltaram a ser estranhos. E daí, não é mesmo?

Quando se viaja sozinho tudo fica diferente, cada coisa precisa ser guardada em nosso próprio cofre interno, não há com quem dividir, nem as piadas, nem as situações ‘embaraçosas’ que...  não são poucas!  Outra coisa interessante é o fato de não ter a quem culpar, a não ser você mesmo. Isso é muito, muito chato. Você errou o caminho, se perdeu, chegou atrasado no trem, esqueceu de comprar o passe, culpa de quem? Você mesmo!!! Droga...

Bem, mas tem as partes boas, há coisas que ninguém no mundoooooo ficará sabendo, a não ser que você conte ^^. Ficou curioso neh? Pois é!!! Viajar sozinho tem dessas coisas, e é claro que em algum momento, nem que seja por algumas horas, você vai se sentir sozinho. Essas são as piores! Você chega no hotel, olha para o lado e não vê ninguém, só estranhos, falando as mais diversas línguas, quando tudo que você queria ouvir era um sotaque amigável, uma palavra em português. Há, como é bom ouvir o nosso belo português, e como é belo!!! Madonna mia....

Enfim... Pretendo me dedicar arduamente a escrever alguns trechos dessa divertida e louca história!!!

Até breve!!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Partir...




Hoje, com meus 26 anos, há 8 morando sozinha, tive a sensação de ter voltado no tempo. Naquele ônibus que deixava a pequena cidade de São Gabriel, RS, em direção ao Mundo. Mundo sim! Meus sonhos sempre foram grandes demais para caber em uma casa ou em uma cidade. Lembrei do frio na barriga, do esperado momento de partir... lembro que naquele dia e por meses antes eu insistia que não haveria problemas na  ‘interiorana’ aqui, viver a mil km da casa dos país. Eu queria ser forte, eu dizia que era forte eu demonstrava força. Só que quando o motor roncou e o ônibus deixou a estação, chorei como uma menina. Menina que era, ou que sou! Ao longo do tempo foram muitas as partidas. De casas, de amizades, de trabalhos, de ensaios... sempre tive a sensação de estar de partida na vida, de que minha função não era ficar em lugar algum ou na vida de ninguém. Que eu faria minha parte e partiria em busca de novos sonhos, desafios, montanhas ou mares a serem descobertos... No fundo só queria conhecer o infinito que se escondia bem perto, dentro de mim...E hoje, depois de me encontrar finalmente, já não ouço tão alto a ânsia de partir para fora...mesmo assim, essa palavra me soa doce e como gosto de saborea-la. Amanhã parto novamente e pareço mais uma criança a se lambuzar do pirulito mais colorido da terra. Aquele que ninguém provou... é meu, o pirulito, o doce, o sonho, é todo meu... ninguém poderá saber como bate meu coração, como meu sangue circula, qual a ansiedade das duas últimas semanas, das noites que não dormi, da cara de boba ao arrumar a mochila, da vontade que desse tudo certo. Mas afinal, o que é dar certo ou errado se na vida o que se tem são apenas experiências... pouco me importa se verei todos os templos, se comerei todas as saborosas comidas ou se conseguirei pegar o trem... só de colocar o pé na estrada, só de enfrentar meu medo, meu comodismo, minhas angústias, apenas o ato de partir já me transformou, já me fez crescer, já me ensinou... eu entendo que crescer é uma experiência interna, mas entendo também que muitos tijolos de nossa acrópole interior foram levantados sob duras experiências externas. Estou colocando mais um tijolo hoje, um tijolo conquistado, imaginado, suado, como tudo que de fato vale a pena nessa vida... Parto e meu coração está em chamas, volto e ele continuará a arder, porque indiferente onde se esteja, ainda existirá caminho...não é preciso ir longe para encontrar o desconhecido, todos os dias descubro uma nova pessoa aqui e partir para conhecer a si mesmo, não deixa de ser partir... 

"Eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem, que não passa por aqui, que não passa de ilusão"...



domingo, 2 de setembro de 2012

Blog de viagens

Estava pesquisando sobre o roteiro da minha próxima aventura que começa na sexta-feira (07/09).... Achei esse blog que é uma delícia...

vele uma visita!!!

http://turomaquia.com/

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sobre a Arte de Viajar


Saiu mais uma crônica minha na Revista Única deste mês....Desta vez uma crônica sobre o que eu mais gosto de fazer... Alguém adivinha? ^^

Acessem lá para ler ...


E quem puder, comente aqui...

:D


Sucre - A bela da montanha



Quem está de viagem marcada para a Bolívia não pode perder de dar uma passada em Sucre. A pequena cidade está localizada na parte sul-central do país. É considerada a capital constitucional da Bolívia, sede da Suprema Corte de Justiça (Corte Suprema de Justicia), e capital do departamento de Chuquisaca.


A cidade está cercada de montanhas e com inúmeros pontos turísticos. Um ótimo lugar para fazer boas amizades e manter longas conversas com o povo nativo que é muito simpático. Como o turismo é menos denso do que nas cidades mais conhecidas da Bolívia é possível andar horas pelas ruas tranquilamente. Além disso, são inúmeras atrações e agências com os mais distintos passeios e trilhas.

Feira de Tarabuco

 

No domingo, acorde cedo e pegue um ônibus ou uma Van na avenida principal até a Feira de Tarabuco. O passeio é de fato incrível. Além das montanhas e vales que acompanham todo o caminho, o pequeno vilarejo preserva vários rituais e a música nativa com seus “flautistas tarabuquenhos”. É importante ir cedo para ter tempo de conhecer a vila e os artesanatos locais onde se pode encontrar coisas bem diferentes das cidades maiores com um custo bastante baixo.

Compras em Sucre

Quem ainda não tiver comprado as roupas de frio para os trajetos das partes mais altas da Bolívia tem a possibilidade de encontrar roupas muito baratas no Mercado Negro da cidade. Um ônibus do centro leva o turista até lá sem maiores problemas.

Noite

 

A cidade de Sucre também é conhecida pelo grande número de Pubs onde o preço da bebida é muito baixo e se pode provar os mais diversos tipos de cervejas e destilados típicos. Um deles fica na rua atrás da praça, procure pela atendente chamada Linda... Uma senhora encantadora. O lugar conta com música ao vivo de excelente qualidade com grupos locais. É o momento de relaxar e aproveitar um pouco mais da cultura boliviana.

Os pubs também servem de ponto de encontro de mochileiros. É bem comum encontrar mesas com pessoas do mundo todo conversando em diferentes idiomas. Uma delícia e depois de beber um ‘pouquinho’ fique a vontade para puxar uma dança, e aprender alguns passos novos. o/

Parque dos dinossauros

Há poucos minutos do centro você poderá encontrar o Parque dos Dinossauros. Existem ônibus turísticos que partem da praça central ou vans. As vans são bem mais baratas e você evita o frio de ficar no ônibus aberto. A entrada no parque é paga, mas vale apena (brasileiros precisam pagar para entrar com câmeras também). Lá existem réplicas de dinossauros em tamanho natural, além de fósseis, ovos, e um observatório onde se pode avistar uma pedreira com 5 mil pegadas de dinossauros. (A criança aqui, adorou o passeio).

Atrações & Destaques de Sucre

La Casa de la Libertad

Construída em 1621, este foi o edifício onde Simon Bolívar proclamou a República. A Casa da Liberdade também foi onde ocorreu a Declaração da Independência da Bolívia.
La Biblioteca NacionalA Biblioteca Nacional
Com documentos datados a partir do século XV, a Biblioteca Nacional é o primeiro e mais importante centro histórico, documental e bibliográfico da Bolívia.

La Catedral Metropolitana

Construída entre os anos de 1559 e 1712, a catedral de Sucre é uma das jóias arquitetônicas da Bolívia.
Predominantemente Renascentista, o edifício também incorpora tendências dos estilos Barroco e local.

La Recoleta
Construído nos primórdios do século XVI por monges Franciscanos, este convento abriga, atualmente, um museu de pinturas datadas dos séculos XVI ao XX.

Capilla de la Virgen de Guadalupe

Construída no início do século XVII, a capela abriga a reverenciada estátua da Virgem de Guadalupe, feita com detalhes em ouro, prata e jóias.

Igreja de San Francisco & outras da Era Colonial
  Este convento de estilo Renascentista foi construído em 1540 es ostenta uma belíssima decoração em seu interior. Outros exemplos da magnífica arquitetura colonial incluem a Igreja e Convento de Santa Teresa (1665), Igreja de Santa Clara (1639), Igreja de Santo Domingo (1580), Igreja de San Sebastián (1539), Igreja de San Agustín (1564-1570), Igreja de Santa Mónica (1612) e muitas outras.

Cal Orcko

Situado a apr
oximadamente 20 minutos de Sucre, é um dos pontos de maior interesse da Bolívia: a pedreira possui cerca de 5 mil pegadas de dinossauros! Acredita-se que os fósseis datam de mais de 68 milhões de anos, vale a pena conferir!



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Seu Saul - um guri de 87!!!

Quando cheguei a porta de sua casa fui logo recebida com um largo sorriso. Mal consegui acreditar que se tratava de um viúvo de 87 anos. Na frente da casa um jardim de dar inveja a qualquer dona de casa prendada... Pediu um minuto e foi se vestir a rigor, calça social, camisa abotoada... afinal seu Saul é de outro tempo... chegou a roda de chimarrão já sorrindo, cumprimentando todo mundo e aos poucos reconheceu meu pai, com o qual conviveu a mais de 40 anos na cidade de Horizontina no Rio Grande do Sul. Um encontro nada planejado que rendeu-lhe a cara de espanto, logo novamente substituída por aquele sorrisão.

Seu Saul é o tipo de pessoa que impressiona.

Quando perdeu a esposa, vítima do Alzheimer há um ano e meio, lhe veio a depressão. Mas essa não durou muito diante da energia do aposentado. Ele, que é mais conhecido que poste de luz na cidade de Lucas do Rio Verde, viu que não podia se entregar. Levantou a face, colocou a pasta de baixo do braço e peregrinou pela cidade oferecendo o que tem de melhor, o dom de plantar. Do lado de casa fez mudas das mais diversas espécies, estão a venda para quem quiser passar ali e pegar.

Seu Saul foi responsável pela arborização de muitos locais de Lucas do Rio Verde e também da vila onde mora, distante uns 30 quilômetros dali. Quem passar pela estrada vai ver um posto, ao lado dele um restaurante chamado São Cristóvão, seu Saul vive logo em frente, não é difícil achá-lo. E se tiver um tempinho para uma prosa, melhor ainda! Tempinho, ou tempão. Ele disse adorar jornalistas e não perde de dar uma entrevista. Aliás, falar é com ele mesmo, tem a memória de um guri. Italiano, fala alto, gesticula e lembra até das notícias que lia nos jornais vindos da Itália na infância.

Passou a vida debruçado sobre os livros, conta histórias como ninguém, sabe fatos históricos, dadas, nomes... uma verdadeira máquina do tempo. Ainda hoje é chamado para contar causos no rádio ou dar palestras nas escolas e faculdades.

Depois de horas de prosa cerrada, onde fiquei sabendo com muito mais detalhes sobre os principais fatos da história do Brasil e das guerras na Itália e até sobre futebol, eis que Saul some da vista. Dali a pouco reaparece de posse daquele sorriso mais do que esperado e em mãos seu parceiro, o violão. Ele tinha mais para mostrar! Modas e mais modas do tempo do meu pai... muitas que eu pude acompanhar pois ouvia nos vinis quando era menina.

Um verdadeiro menino no auge de seus 87 anos... Saul! Uma figura que ficou gravada na minha memória... Que os velhinhos dos asilos, das casas sem carinho, abandonados por ai, tivessem a oportunidade de conviver com esse guri.

Grandeza de espírito são poucos que têm!!!

As veias abertas da América Latina

Do deserto para a praia, da praia para os vulcões de pico nevado; das "tortillas" latinas para o "rice and beans" caribenho e, daí, para os chás de ervas preparados ao estilo andino. A América Latina, como vocês puderam acompanhar, é um território de contrastes, mas esses contrastes, que a fazem tão especial, estão, cada vez mais amenos, cedendo espaço à homogeinidade "ocidental". E o contraste social, o único que deveria ser reduzido, continua aumentando. Pois é, as veias da América Latina continuam abertas e, por elas, sangram suas riquezas naturais e culturais. Leia Mais

Esse link foi me passado por um amigo....

não poderia deixar de compartilhar...

Belo texto!!!

http://oglobo.globo.com/blogs/viamerica/

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os “Perigos da Noite”



Por Eleonora Alves :D

Já se imaginou perdido em outro país? Não? Então agora imagine-se perdido em outro país, de madrugada, sem dinheiro, com frio, com fome, com sono, com o corpo exausto que não aguenta mais dar nenhum passo e carregando uma mochila pesada nas costas.
Assim estávamos Ana Paula, Carol, Suelen e eu, Eleonora, em Cuzco quando chegamos de Machu Picchu. Nós, garotas super inteligentes, ao contrário de todos os outros mochileiros, não reservamos nenhum albergue para que quando voltássemos de Machu Picchu já tivéssemos uma cama quentinha pra dormir. E agora, o que fazer? Era alta temporada e todos os albergues já estavam lotados. Tentamos ir para o hotel ao lado da rodoviária que ficamos uns dias antes de ir a Machu Picchu. Lotado! Queríamos deitar ali mesmo na rua, quão cansadas estávamos, mas, por incrível que pareça nesses momentos você arranja forças e segue em frente. Ali perto da rodoviária tinham vários hotéis. Fomos batendo de porta em porta, mas nenhum tinha vaga para quatro pessoas. Contamos as moedinhas e conseguimos pegar um táxi pra procurar mais hotéis (sorte a nossa que táxi lá é muito barato). Depois de muito tempo achamos um hotel baratinho pra ficarmos.

Esta não parece ser uma boa história para contar, mas é uma das histórias trágicas desta viagem que tornou este mochilão inesquecível para mim. Naquele momento eu não podia parar, eu tive que aguentar todo o medo e todo o cansaço, eu tinha que seguir em frente, pois se sentasse na calçada para descansar por um segundo que fosse eu dormiria e nada mais iria me acordar e na melhor das hipóteses eu acordaria no outro dia sem minha mochila. No fim tudo deu certo e agora é impossível relembrar disso e não rir. E por isso eu digo: uma viagem perfeita não tem graça, é com essas adversidades que damos valor à viagem, à vida, que conhecemos nossos limites, que superamos nossos medos.

Se você for fazer um mochilão, permita-se ao novo, ao desconhecido, aventure-se. Mas, apesar de tudo isso, esteja sempre atento e seja cauteloso. E dai é só aproveitar!!!

sábado, 16 de junho de 2012

Hostels no Brasil – Uma boa experiência



Minhas experiências com Hostel no Brasil foram um pouco mais agradáveis, quer dizer, mais ou menos (hehehe)... Para economizar, resolvi pegar um Hostel um pouco mais barato no Rio de Janeiro. Não vou citar o nome, até porque foi uma experiência a parte, o local é muito bonito e vale a pena conhecer. Chegando lá, fizemos o check in e entramos. Até então tudo tranquilo. Depositamos nossas malas no quarto e seguimos passear. À noite, enquanto conversava com duas alemãs, vejo uma menina também alemã desesperada. Pergunto o que era: uma invasão de percevejos :O.

Cheguei ao quarto e todo mundo estava saindo desesperado porque os percevejos entraram nas malas e andavam sobre as camas, causando uma coceira insuportável nas pessoas. Resumo da ópera: Já era tarde da noite e não acharíamos um outro hostel, e acabamos dormindo no terraço. Alguns em redes, outros no sofá, eu em um colchão no chão, meu amigo sobre almofadas, outro sobre um banco duro e outros nem dormiram. No outro dia, devolveram nosso dinheiro e mudamos de hostel. A casa seria dedetizada! Dizem que os percevejos vieram em uma mala de algum estrangeiro e reproduzem a “mil pelo Brasil” ainda mais em clima tropical.

O segundo local que fiquei no dia seguinte foi o Hostel Adventure http://www.adventurehostel.com.br/. A diária era de R$55 com café da manhã. O hotel fica na rua Vinícius de Moraes em Ipanema, de onde se podia ir andando (5 minutos) até Copacabana, Arpoador, Leblon, e vários outros lugares. O café da manhã é incluso e tem cozinha para quem quiser preparar algo. São 6 camas por quarto e banheiros super limpos. Cada hóspede recebe a chave de um armário para guardar as coisas. Foi show!

Em Natal, na cidade de Pipa, fiquei no Pipa Hostel (http://www.pipahostel.com.br/) que também foi muito agradável. Tinha até piscina! Cozinha, e a cama era uma delícia. Tudo limpinho e banheiro privativo. Nós pagamos R$ 60 por dia. Um pouco mais caro, mas valeu apena. Em Ponta Negra/RN, tem o hostel Lua Cheia (http://www.luacheia.com.br/) que parece um castelo medieval. Ele fica na rua das baladas e tem inclusive uma boate dentro. O lugar é show!!!

Além de ser uma alternativa mais barata, os hostels podem propiciar experiências únicas. Brasileiros não tem ainda o costume de dormir nestes locais, então provavelmente o que você mais vai encontrar são gringos. Irlandeses, Europeus, Suíços, Russos, Argentinos, Chilenos, Mexicanos, Franceses, entre muitas outras nacionalidades... Uma ótima oportunidade de treinar o Inglês e o Espanhol, e quem sabe até arranhar um Francês.  Eles são jovens, pacientes, loucos para fazer amizades e não vão se importar caso você cometa alguns equívocos linguísticos (Heheh). Fica a dica!!!

Mochilão Bolívia e Peru – Parte III – Onde dormir


Lembro de ter ouvido algum tempo atrás alguém falar em passar a noite em um albergue. Na época fiquei um pouco espantada pensando em como seria esse local e quem dormiria lá ao meu lado. Só que eu não sabia que os albergues na verdade são alojamentos para estudantes, viajantes e mochileiros de passagem por algum lugar, o que normalmente chamamos de Hostel.

Não importa a cidade onde você foi parar, certamente haverá algum Hostel. Esses alojamentos estão cada vez mais comuns e com qualidade superior, até mesmo pela concorrência. Antes de viajar você pode consultar os hostels disponíveis pela internet nos sites http://www.hostelworld.com/, que eu particularmente adoro, e também no http://www.tripadvisor.com.br/ que tem não apenas hostels, mas também hotéis e se pode dar uma comparada nos preços. Além disso, existe uma série de comentários que poderão ajudá-los na melhor escolha.

Durante o mochilão para a Bolívia e Peru dormimos apenas em Hostels. Não vou dizer que foi a experiência mais bacana que já tive, assim como encontramos lugares bacanas e até limpos, tivemos de dormir em cada coisa, que me arrepia até de lembrar. Bem, mas não morremos por isso, e depois de andar horas com uma mochila nas costas, pouco importa sobre o que você vai dormir.

Além disso, nós optamos pelo método mais difícil, em vez de pesquisar alguma coisa antes de sair do Brasil, deixamos para achar na hora, então saíamos do busão e andávamos até avistar alguma placa, o que não é difícil. Quando o caso era muito crítico, a gente acabava dando mais uma procurada. A princípio, o melhor Hostel para ficar em Lima e Cusco (Peru), La Paz (Bolívia) e Salta (Argentina) é o Loki (http://www.lokihostel.com/). Festas e diversão garantida, dia e noite. O problema é que dificilmente se vai conseguir uma vaga sem reserva. Compensa reservar!

Preços: Dormir em Hostel na Bolívia e Peru é muito barato. Em média de R$30 a R$45 soles - o que representa uma média de R$15 a R$20 reais por dia. Chegamos a pagar até R$10 por pessoa em quarto quádruplo.
Hostel - La Paz

Em frente a um hostel - Uyuni
O Hostel mal assombrado de em La Paz



Hostel perto da rodoviária de Cusco

Hostel Sucre

Hostel Sucre

terça-feira, 22 de maio de 2012

Para rir: Perdidas em Santa Cruz



E esse era o quarto na manhã do dia seguinte :O

Você já ouviu falar da Lei de Murphy não é mesmo? Pois bem, na madrugada do dia 19 de dezembro de 2010 ela incidiu pra valer sobre a Eleonora e eu. Pegamos o avião em Cuiabá e 1 hora da manhã estávamos chegando em Santa Cruz de La Sierra. Até então, essa seria a parte fácil da viagem. Bastava pegar um taxi e ir até o kitnet de um amigo que morava ao lado de uma universidade de medicina (detalhe, ele estava no Brasil).

Entramos no país com nossas mochilas nas costas e pegamos um taxi, foi só dizer o nome da universidade e pronto. Ao chegar lá, a primeira besteira... misturei os dólares e soles e acabei dando 20 dólares, em vez de 20 soles ao motorista que eu nunca vi tão feliz. Só percebi o engano quando ele já tinha ido embora, foi quando entendi a simpatia toda.

Enfim, começamos a andar e perguntei a Lelê...
- Amiga cadê o mapa e o endereço?
- Uai eu não peguei, você não tinha copiado ele?

Ai vocês já perceberam o desastre. Sem telefone, com fome, em um lugar totalmente ermo, sem ter a menor noção do que fazer. Além de tudo, as meninas chegavam de madrugada e não teríamos como falar com elas. Pronto, lá fomos nos andar pela Bolívia. Voltas e voltas na quadra escura da universidade e pior. Uns 10 taxistas ‘mal encarados’ só olhando a gente.

Morrendoooo de medo, fomos parar dentro do ambulatório do hospital da universidade, que por sinal, dava mais medo ainda. Deixamos as mochilas e saímos tentar usar o orelhão, coisa que não deu certo, afinal ninguém sabia ligar para casa. Por fim, tivemos de recorrer a um dos taxistas que prontamente emprestou o celular (viu o que dá julgar as pessoas?)

Lelê ligou para a mãe dela para pedir a ela que ligasse ao irmão da Lelê – que estava em Porto Alegre – e pedisse o endereço da kit, já que ele já tinha ficado lá. (entendeu alguma coisa?). Em meio a confusão, chega um senhor bêbado de taxi dizendo: olá chicas e o taxista todo arreganhado. E não é que ele era o dono da Kitnet... Por fim, conseguimos chegar ao quarto. Mesmo mortas ficamos revezando a janela até as outras duas meninas chegarem. Elas chegaram 4h30 da manhã, sem nenhum problema, afinal tinham o mapa nas mãos.

E esse foi o começo de uma longaaaaa aventura....

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mochilão Bolívia e Peru – Parte II - Roteiro


Visualizar Mochilão Bolívia e Peru em um mapa maior


Uma das partes fundamentais de um bom planejamento é definir o roteiro da viagem. Não é preciso saber todos os lugares, museus ou pontos históricos e naturais que se vai visitar, mas é preciso ter em mente um mapa das principais cidades. Aquelas onde se vai dormir pelo menos uma noite, ou que são pontos importantes de passagem.

Definir o roteiro não é muito fácil e depende do tempo que se tem disponível para viajar. Uma boa dica é não colocar lugares demais nesse mapa, já que você vai perder um certo tempo arrumando algum lugar para dormir, comer ou vendo os passeios, então, se tiver só um dia, por exemplo, em algum lugar, é provável que não se conheça muita coisa.

No nosso caso, eram 23 dias da saída de Cuiabá até o retorno. Assim definimos as cidades principais: Santa Cruz, Sucre, Potosi, Uyuni (Salar), Chile (Deserto do Atacama), La Paz, Copacabana, Puno (Titicaca) e Cuzco (Águas Calientes e Machu Picchu). Vocês devem ter notado que no trajeto final da foto, não está o Chile (explico o motivo trágico em breve).

Duas de nós foram de ônibus de Cuiabá a Cáceres (região da fronteira) e depois até Santa Cruz. Uma viagem bastante sofrida, diga-se de passagem. Uma amiga e eu, decidimos por ir de avião até Mato Grosso do Sul e depois até Santa Cruz, na época a passagem custou cerca de R$500. (Detalhe: a gente se perdeu... leiam)

Pois bem, não foi difícil seguir o roteiro original. Além disso, durante a viagem percebemos que essa foi a melhor escolha e é quase que o caminho que a maioria dos mochileiros faz, na mesma ordem ou na ordem inversa (Como no Peru tudo é mais caro, é importante não gastar demais na Bolívia para não chegar lá apertado). Apenas não havíamos definido por onde voltaríamos.

O retorno pelo Acre teve dois motivos distintos. Primeiro pelo fato de que a Bolívia estava em crise já que o combustível estava com o preço nas alturas. La Paz estava praticamente parada, ônibus, taxistas e até os postos de combustíveis em greve. As forças armadas também trabalhavam para conter os ânimos da multidão. Pelo perigo do momento e por também não fazer tanta diferença assim, optamos pelo Acre. Compramos as passagens de Rio Branco a Cuiabá pela internet (cerca de R$270).

Saímos de Cuzco de ônibus até Puerto Maldonado, tivemos de pegar aqueles moto-táxi adaptados para três pessoas (veja a foto), de lá subimos em uma balsa, da balsa pegamos um taxi até a fronteira (muito barato, acho que uns 25 soles). Já em solo brasileiro (motivo de comemorações mil) pegamos outro taxi (muito mais caro é lógico) até a rodoviária de Rio Branco.

Chegamos em Rio Branco a tempo de comer uma pizza e conhecer o centro da cidade. De lá para Cuiabá foram cerca de 35 horas de viagem. No cansaço que a gente estava, eu nem vi a hora passar, dormi quase todo o trajeto. Acho que foi uma boa escolha! 


Santa Cruz
Santa Cruz

Puerto Maldonado
Balsa

Entrada na balsa
O que ficou para trás

Chegando no Acre